A força de uma mulher nunca foi questionada para dar à luz, criar um ou dez filhos, cuidar da casa, do marido. Mas, então, por que ouvimos que a mulher é o sexo frágil? Me parece tão irreal! O que será que tornou esta frase tão forte?
Tenho refletido sobre isso em várias situações, durante minha trajetória como especialista em consultoria de Recursos Humanos e, também, como mulher. Por que será que nós mulheres temos que responder a tantas perguntas? Tem namorado? Vai casar? Vai ter filhos? Terá só um filho? Para nós, mulheres, a temática ‘carreira’ é sempre secundária em relação a qualquer uma destas outras perguntas. No entanto, esta é fundamental para os homens.
Enfrentei muitos desafios, começando por conciliar a criação dos meus filhos e a gestão de uma empresa. Tenho dois filhos, sempre trabalhei e nunca tirei licença maternidade. Por causa deste meu percurso, questionei diversos gestores que defendiam que certos cargos eram exclusivos para homens. A minha expressão de interrogação era clara. Eles precisavam me convencer e, assim, por várias vezes, eu consegui incluir para inúmeras vagas a possibilidade do perfil também ser feminino.
A conquista deste espaço profissional é lenta, mas clara e com passos firmes. O nosso “sexo frágil” tem muita força e persistência. As mulheres têm alcançado e se destacado com potência e disposição para mudar esta cultura e, assim, conseguir criar oportunidades mais iguais de salários, hierarquia e, sobretudo, liderança. Em alguns países, essa diferença salarial é proibida e, inclusive, acompanha uma legislação apoiada com multas para infrações.
A força feminina está em cada mulher que se expõe e se posiciona através de denúncia e transparência para evitar outras situações similares. A nossa sororidade precisa ser crescente. Juntas, seremos mais fortes!
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