Parece um trocadilho, mas não é. Com a experiência de vir morar em um novo país, em uma nova cidade, a ideia do título acima é o que mais consigo enxergar. Perceber semelhanças entre os países, cidades, não para comparar ou explicar, simplesmente relatar e partilhar com vocês essa vivência diária e rica experiência.
O primeira experiência que quero partilhar é também o maior aprendizado, além do inglês, aqui estou exercitando muito a empatia. Como coach profissional, recebo muitas empresas e profissionais com diversas visões, algumas por vezes contraditórias. Para o melhor atendimento de todos, deve-se ter empatia, saber se colocar no lugar do outro. Cada um traçará seu caminho, achará suas respostas, por isso a necessidade de ser empático. Este é o maior aprendizado propiciado por este país. Toronto, Canadá, é uma cidade de diversidade cultural, onde 70% da população ou é de imigrante ou de quem nasceu aqui, mas é filho de pais imigrantes. A multiplicidade cultural é intensa. Este olhar multicultural e respeitador é o que mais tenho aprendido aqui.
Um pouco da visão das outras culturas sobre as pequenas diferenças grandes? Ou será o contrário? Grandes diferenças pequenas? Bem, não importa muito a ordem, mas sim relatar as percepções.
Vamos começar pelas grandes diferenças: o uso do dinheiro público trazendo bons resultados para a população. A educação de qualidade focada no desenvolvimento específico de necessidade, visando a empregabilidade do aprendizado. Outro aspecto positivo a ser destacado é a igualdade de tratamento nos serviços básicos: não importa quanto você ganha, ou de onde veio, a escola e o serviço de saúde para sua família serão iguais para todos. Alémdisso, nota-se a capilaridade do transporte público, com acesso a todos os cantos da cidade de maneira segura e rápida!
A forma de relacionamento e contato aqui também é uma grande diferença: são nítidos a reserva e o respeito pelo espaço e estilo de cada um. A diversidade de culturas torna tudo natural, a burca, o turbante, os cabelos coloridos azuis, rosas, as diversas tatuagens e piercings. Tanto faz, ninguém se importa. No entanto, é no consultório que percebemos que internamente as grandes diferenças podem causar pequenas semelhancas. Neste momento, no consultório e sem nenhum prejuízo, é que os grandes impactos internos se aproximam, a procrastinação, a percepção equivocada de impotência, colocando o obstáculo como intransponível ou sob a responsabilidade alheia. As queixas são as mesmas.
Ter contato com tudo isso, com essa diversidade de culturas só trouxe a certeza de que o ser humano é um ser único. É como disse Carl Jung: “Saiba todas as teorias, domine todas técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
Este é o maior aprendizado na vivência internacional: os humanos são únicos, mas seus desejos, sentimentos e aflições se assemelham!
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