Incentivos insustentáveis

A maioria das pessoas acreditam que a satisfação no trabalho está ligado ao incentivo financeiro que ela recebe, e assim vincula sua vida profissional às empresas  com maiores incentivos financeiros. Muitos têm sido os esforços de estudiosos em definir o que satisfaz mais um funcionário dentro de uma empresa.  Algumas ferramentas foram criadas no mundo […]

A maioria das pessoas acreditam que a satisfação no trabalho está ligado ao incentivo financeiro que ela recebe, e assim vincula sua vida profissional às empresas  com maiores incentivos financeiros. Muitos têm sido os esforços de estudiosos em definir o que satisfaz mais um funcionário dentro de uma empresa.  Algumas ferramentas foram criadas no mundo corporativo para ajudarem na mensuração da satisfação, dentre elas: pesquisa de clima,  entrevistas de desligamento e pesquisas de engajamento.  Todos esses instrumentos objetivando conhecer para reter os talentos neste mercado tão competitivo. Com todos esses dados, conclui-se que o sustento financeiro passa por uma necessidade básica, no entanto é insuficiente para manutenção da satisfação. O salário oferecido atrai e pode ser um diferencial na contratação, mas não é capaz de reter o profissional por muito tempo.

Na maioria das empresas brasileiras, ainda podemos constatar a escala financeira como sendo a mais importante na retenção e/ou motivação de uma pessoa dentro de uma empresa.  Poucas são as iniciativas em busca de atender à singularidade humana. Falta articulação entre os projetos particulares de carreira e as estratégias de crescimento das empresas. Ampliando essa conclusão para a vida em geral, será que o maior, ou o único objetivo na vida é ganhar mais e mais dinheiro? Se considerássemos o dinheiro gerando satisfação,  como verdade absoluta, não teríamos problemas de insatisfação, depressão e incertezas nas classes A e B. Pessoas que ganharam na loto não poderiam ser infelizes.

Vários estudos revelam dados para nos facilitar nesta análise. Cito a última pesquisa publicada neste ano na revista Melhor, por especialistas em Gestão de Pessoas. Os dados demostram que, nas empresas, 60% desejam crescimento na carreira, em detrimento de qualquer outro benefício. Esse é mais um dado comprovatório que nos mostram a necessidade de reconhecimento, de que as pessoas desejam deixar seu legado.  Todos querem ter valor por aquilo que executam, querem ser reconhecidos pelo que realizam.  A satisfação está ligada ao senso de pertencência,   cresce proporcionalmente, ao engajamento no que faz, ao proposito individual. Vale mais um aperto de mão e um elogio em público do que 10% de aumento no bolso de forma silenciosa e anônima. Os prêmios de bonificação em uma empresa atraem novos funcionários, mas logo que entram, o que os mantém será o clima acolhedor, a integração, o reconhecimento e o crescimento conquistador, a convivência de cada dia com a equipe e liderança.

Escute seus pares, subordinados e ou superiores, independentemente do lugar que ocupe na empresa, procure valorizar as pessoas e será assim valorizado.  Para se manter em crescimento, semeie a cultura do reconhecimento, do elogio, do acolhimento. Certamente o outro e você prosperarão com mais rapidez.  Conheça e contribua com quem trabalha, os ventos que você espalha são os mesmos que semearão seu crescimento.

O incentivo que você almeja também é o mesmo desejado pelos que estão a sua volta. Pratique de forma empática os elogios que gostaria de receber, esse será o incentivo   mais sustentável ao longo do tempo e consequentemente conduzirão você ao crescimento almejado!

 


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