Há algumas semanas falamos sobre assédio moral. Foram tantos comentários e participações que resolvi aprofundar o tema, agora focando em assédio sexual, que também é moral, mas com implicações diferentes, começando pela lei: “O assédio sexual passa a ser previsto no artigo 216 A do Código Penal, que estabelece: ‘Constranger alguém com intuito de levar vantagem ou favorecimento sexual,prevalecendo-se o agente de sua forma de superior hierárquico,ou ascendência inerentes a exercício de emprego,cargo ou função.(…)’”, de 20 de maio de 2001.
O Brasil é o quinto país no ranking mundial de feminicídios e o Espírito Santo ocupou recentemente o 1º lugar no ranking nacional nesse crime. Usar da sexualidade para constranger e principalmente persuadir é mais do que assédio, pois utiliza de concepções e crenças muito antigas e paradigmas que não cabem mais numa sociedade tão conectada e que se diz moderna. Estive em uma palestra no mês passado, onde Adriana Carvalho, coordenadora da ONU Mulheres, discursava sobre alguns dados e traçava as diferenças de tratamentos e benefícios sofridos entre os gêneros no mercado de trabalho. Adriana também apontou todo o esforço que as mulheres precisam fazer para alcançar as mudanças que querem. A igualdade entre homens e mulheres está longe de ser conquistada, mas evoluímos. Segue alguns pontos para refletir:
• As novas gerações não aceitam mais as diferenças entre
homens e mulheres no mercado de trabalho;
• Para uma mesma vaga disputada por homens e mulheres,
a contratação feminina sempre sai mais barata;
• A gravidez ainda é um fator discriminatório, muitos
acham que prejudica a produção;
• Em um setor de engenharia e ou programação, ainda há
mais homens do que mulheres;
• A discriminação com mulheres negras ainda é maior.
Poderia citar infinitos dados e fatos como os mencionados acima. As razões das mulheres serem preteridas são muitas: preconceitos ligados a crenças perpetuadas ao longo dos séculos são a maioria. Como mudar isso? Questionando suas posições e criando espaço de igualdade, nos quais as capacidades sejam mensuradas pelas
entregas e responsabilidades, e não pelo gênero.
Vamos juntos criar o mundo que queremos! Faça sua parte. A igualdade e a equidade que você acredita precisam ser praticadas mais do que faladas.
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