O poder da pergunta

O que nos faz buscar sempre as respostas se ainda não aprendemos a fazer perguntas?     A pergunta é o que nos possibilita maior reflexão e, por conseguinte, aprendizado. Se você buscar se lembrar do quanto, na infância, era inquisitivo e curioso, vai poder notar o quanto deixou de fazer perguntas. As crianças perguntam […]

O que nos faz buscar sempre as respostas se ainda não aprendemos a fazer perguntas?

 

 

A pergunta é o que nos possibilita maior reflexão e, por conseguinte, aprendizado. Se você buscar se lembrar do quanto, na infância, era inquisitivo e curioso, vai poder notar o quanto deixou de fazer perguntas. As crianças perguntam muito! O que é?  E, principalmente, por quê?  São curiosas, querem entender, descobrir e também questionar a veracidade de tudo.

Quanto mais vão crescendo, mais essa habilidade vai diminuindo e erradamente sendo trocada pela falsa sabedoria. Falsa, porque os adultos se acham prontos, com experiência suficiente para decidirem. Assim, colocam-se como aquele que sabe, que tem respostas, que conhece e não precisa de ajuda. Minha pesquisa de mestrado comprovou que, quanto maior sua escolaridade, menor sua afabilidade, quanto mais se estuda mais se afasta  da humildade da pergunta, mais seguro e independente se torna. Essa característica você pode constatar na sua rotina. Tenho certeza de que se você olhar para o lado, também conseguirá ver pessoas tão conhecedoras de tudo que pouco se permitem trocar ideias apenas dão ordens.  O cargo ocupado, a posição social ou somente a idade já são capazes de garantir a certeza do saber, e, assim, tornar essa certeza ainda maior, evitando ao máximo perguntar!

No senso comum, quem pergunta, pede ajuda, é visto como fraco, ignorante e/ou com baixa autonomia. O mercado valoriza o ser independente. Há, contudo, de se diferenciar a fraqueza do ato de perguntar. Quem pergunta usa da maior e melhor forma de construção de conhecimento e solução de problemas, a maiêutica: “método socrático que consiste na multiplicação de perguntas, induzindo o interlocutor na descoberta de suas próprias verdades e na conceituação geral de um objeto”  Com esse modelo, é possível ampliar o conhecimento e fundamentá-lo de maneira mais homogênea e consistente.

Com o conhecimento de fato, a afabilidade e a humildade transformam-se em segurança, em poder e até em autoconfiança. Cria-se, desse modo, a oportunidade, a abertura às novidades e ao puro aprendizado, que deve ser contínuo.

Perguntar é sinal de inteligência emocional: competência mais valorizada no mercado de trabalho. Tenha coragem! Pergunte sempre!

 


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