O tema tem sido muito comentado em função do jogo A Baleia Azul, usando com base em um profundo sofrimento: a depressão. O jogo consiste em 50 tarefas como desafio para os participantes, sendo a última o suicídio.
Nada tendo sido comprovado a respeito das duas adolescentes russas que, supostamente, se suicidaram após participarem desse jogo, o mais importante aqui é sabermos que, a cada 30 minutos, no Brasil, uma pessoa se suicida. E a taxa de adolescentes tem crescido assustadoramente.
Embora o suicídio seja um ato individual e aparentemente silencioso, seu ensaio faz bastante barulho. O suicida quer muito se curar e sair desse impasse.
A liquidez, a inconstância e a amplitude de opções têm contribuído para essa estatística.
Segundo Zygmunt Bauman, “vivemos em tempos líquidos, nada foi feito para durar”. Para o sociólogo polonês, o mundo tem muitas possibilidades de conexões – telefones, redes, mas pouca realidade. Tudo é muito grande, mas pouco profundo.
Outra contribuição sobre o assunto é do psicólogo Barry Schwartz, que questiona a ideia de que ter muitas opções de escolha seja sinônimo de mais liberdade. Tamanha oferta tem causado mais ansiedade e a angústia da dúvida, um dos grandes causadores da depressão. O indivíduo sempre se sente frustrado, imaginando que teria melhores opções.
De tudo que podemos entender ou refletir sobre toda essa triste estatística é que existem sinais e pedidos de socorro. Fique, portanto, atento e ofereça sua atenção. Acolha, escute, você poderá salvar uma vida.
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