Vamos começar comentando sobre “empregabilidade”, palavra mais conhecida e utilizada. Se você observar este termo com mais cuidado, é fácil perceber o seu significado. Empregabilidade é a soma das capacidades necessárias para se conseguir um emprego.
Por exemplo, se meu currículo é bom e diferenciado, me destaco e, como no mercado existem poucos profissionais com uma qualificação próxima a minha, minha chance de conseguir um emprego aumenta. Sendo assim, minha empregabilidade é alta. Vejo muitos profissionais, mesmo trabalhando em outras empresas, querendo participar de alguns processos seletivos em minha consultoria para verificar sua empregabilidade.
A segunda palavra surgiu um pouco depois e, por isso, sua compreensão é ainda mais incomum. Trabalhabilidade, diferentemente da palavra empregabilidade, vem da capacidade de trabalhar e não da capacidade de conseguir um trabalho.
Aliás, aqui está uma grande diferença. No Brasil, muitas pessoas querem um emprego, mas poucos querem trabalho. Trabalho não deve ser entendido simplesmente como um ambiente para você frequenta todos os dias e, ao final do mês, recebe um salário. Poucos profissionais querem realmente contribuir com algo maior. Importar-se com o que vão deixar de legado nesta ou naquela empresa. As perguntas mais comuns são: Quanto eu vou ganhar? Quais são os benefícios? Qual o horário de trabalho? Raramente, escuta-se: O que a empresa espera de mim?
Trabalho é entrega, resultado, agregar valor. Trabalho não passa apenas pela execução do combinado. Consegue perceber a diferença?
O Brasil é cinco vezes menos produtivo do que os Estados Unidos e uma das razões é a nossa baixa trabalhabilidade. Procure conhecer e focar na contribuição real para a empresa ou organização na qual você atua. Isso pode ampliar a sua trabalhabilidade.
Foque no seu desenvolvimento e aprendizado, deixe seu rastro por onde passar. Isto vai garantir sua trabalhabilidade e, principalmente, sua empregabilidade.
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