Quantas oportunidades se abrem quando você se coloca em um novo lugar? As perspectivas se ampliam, sua visão se modifica, seus valores são questionados a todo o momento. Viver uma nova cultura é se despir de suas certezas e arriscar sua segurança. Tudo isso provoca um turbilhão de questões, mas, para isso, há de se ter coragem, há de se arriscar.
Viver em outra cidade, em um novo país, compartilhar uma nova casa, uma nova cultura, conviver com outra pessoa, abrir-se, aprender uma nova língua. Essas experiências são mais comuns na adolescência, mas por que não também na maturidade? Você pode vivenciar novas experiências, qualquer um pode, não existe tempo para a inovação. Quem disse que essa vivência não pode ser positiva? Muitos são os estudos que comprovam cientificamente que o aprendizado é possível em qualquer idade, basta querer e estar aberto para recebê-lo.
É na maturidade que podemos aproveitar o aprendizado com mais profundidade. Se hoje, por exemplo, eu voltasse à faculdade de psicologia, além de aproveitar melhor cada aprendizado, poderia aprofundá-lo mais e melhor, pois hoje teria o conhecimento adquirido com a prática. O importante aqui não é o quando, mas a disponibilidade para ir em frente. É por isso que digo e repito frases, como “Eu não consigo”, “Já passei da idade” além de não confirmarem a verdade, estão totalmente démodé. Foi assim que decidi viver esta nova experiência e compartilhá-la com vocês em capítulos. Hoje vivo em um novo país, Canadá, uma nova cidade, Toronto, e decidi compartilhar minha decisão nova de viajar, conhecer um novo lugar e dividir com vocês cada momento deste novo desafio.
Para começar, acredito ser importante definir sua mudança, o que quer aprender e, depois, começar a planejar. Faça devagar, escolha o que quer ver e experimentar de diferente. Para mim, foi um sonho de adolescência não realizado: falar um idioma novo e aprender a viver novas culturas. Descobri que o resultado é importante, mas o caminho é o mais interessante e significativo para o aprendizado. Para começar, tome a decisão e se prepare para essa viagem, isso já significa interagir com o novo, não ainda o novo lugar, mas a nova possibilidade.
Estabelecer a permissão interna, fazer o id vencer o superego e adequar ao ego esta nova possibilidade. Explicando melhor, a estrutura dinâmica da personalidade foi descrita por Freud e seria assim: o id é o lugar dos sonhos, dos impulsos, dos desejos. Um exemplo: quero ir viajar conhecer um novo lugar! Imediatamente o superego determina, como uma bússola, o ideal, as regras, as convenções da cultura e da sociedade em que você vive. Para finalizar, o ego equaliza tudo e, na maioria das vezes, principalmente na maioridade, quando o superego já está mais forte e resistente, faz com que você desista dessa nova oportunidade. É nesse momento que poucas mudanças acontecem você se mantém no conhecido, pois assim gasta menos energia. Não permita, resista, apenas caminhe para frente.
Dê o primeiro passo, organizando e adequando todas as interferências internas e externas que irão existir. Possua as respostas antes das perguntas aparecerem. Escolha sair, mudar, mas escolha você mesmo.
É importante abrir-se ao novo, para até permitir que o velho e bom costume possa prevalecer e ser escolhido.
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