Vacina, qual a questão?

Nas rodas de conversas, essa tem sido uma discussão frequente. É ou não obrigatória a vacinação? Qual é a lei que obriga você a se vacinar? Falar sobre esse assunto virou polêmica em muitas empresas. Mais que discutir sobre a obrigatoriedade ou não, é importante destacar as razões e os…

Nas rodas de conversas, essa tem sido uma discussão frequente. É ou não obrigatória a vacinação? Qual é a lei que obriga você a se vacinar?

Falar sobre esse assunto virou polêmica em muitas empresas. Mais que discutir sobre a obrigatoriedade ou não, é importante destacar as razões e os argumentos da imunização.

Nesse ano de pandemia, muito se viu e se sentiu a necessidade e a importância da solidariedade. A ideia de que é preciso se cuidar para cuidar do outro começou a ser percebida. Somos seres humanos e necessitamos uns dos outros, ninguém vive sozinho. Muitas doenças apareceram em função de isolamento social obrigatório, entretanto, a percepção da coletividade ficou ainda mais exacerbada.

Claro, cada um tem sua individualidade e pode fazer suas escolhas. No entanto, é sempre bom lembrar que o direito de um termina onde o do outro começa. Estar em comunidade é seguir as regras, comer, beber e se relacionar – esses costumes fazem a cultura de um país.

A organização e a convivência mais íntima, profissional e pessoal podem ser escolhas individuais. Você pode, por exemplo, escolher com quem vai se casar ou onde vai trabalhar, e até mudar essas escolhas dentro do seu tempo. O contraponto é que sua escolha individual não pode sobrepor ao interesse coletivo. Para regular tudo isso existem as leis e o bom senso. Só que o bom senso pode levar um tempo para contemplar o coletivo – e aí entra a obrigatoriedade, em prol da maioria.

O papel da empresa, neste contexto, é preservar o coletivo, a maioria e, assim, se algum funcionário, de forma individualista, se opõem a vacina, pode ser demitido.

Prezar pela saúde de todos que ali trabalham é papel da empresa e do Estado. Na história das leis trabalhistas, essas relações foram sendo acrescentadas e hoje temos várias leis que respaldam o bem-estar coletivo. Temos como exemplo os exames periódicos, preventivos, admissional, que antes não eram exigidos e hoje podem fazer parte do processo seletivo. Outro exemplo são as escolas públicas, onde os pais precisam apresentar o cartão de vacinação dos filhos menores para, então, matriculá-los na escola – o que garante a imunização e prevenção de contágio coletivo em sala de aula.

Criar e defender esta polêmica não é sustentável. Faça suas escolhas, mas opte pelo bem comum e pela saúde de todos.

Vacine-se!

 

Texto escrito por Vânia Goulart, fundadora e CEO da Selecta.

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