Demissão: Resposta ao Leitor

Resposta ao leitor Daniel de Souza, O processo de demissão nunca foi algo fácil ou agradável. Demitir é uma difícil missão. Existem cursos, filmes e muita teoria sobre o assunto. No entanto, para nenhum dos lados, o do demitido ou de quem demite, existe um consenso: a situação é desconfortável e geralmente provoca discórdia. Isso […]

Resposta ao leitor Daniel de Souza,

O processo de demissão nunca foi algo fácil ou agradável. Demitir é uma difícil missão. Existem cursos, filmes e muita teoria sobre o assunto. No entanto, para nenhum dos lados, o do demitido ou de quem demite, existe um consenso: a situação é desconfortável e geralmente provoca discórdia. Isso ocorre, pois as percepções, as razões são sempre individuais e, na maioria das vezes, contraditórias. Do lado do demitido: a injustiça, a dificuldade de entender, a falta de reconhecimento e, por vezes, a revolta. Do outro lado, o da empresa, da liderança: a redução de quadros, a mudança de estratégia, a dissonância dos valores.

Todas essas razões, dos dois lados, são apenas falas, justificativas explícitas, ou seja, o que politicamente pode ser falado. Nessa reflexão, quero chamar a atenção para dois aspectos que independem do momento social e/ou financeiro da empresa ou do mercado: uma demissão, em sua essência, envolve um desalinhamento entre o contratado e a contratante. O primeiro, o lado do demitido, poucos são os profissionais que se autoavaliam e buscam um desenvolvimento independente. Procuram sempre ver qual sua contribuição mensal para a empresa, ou seja, o quanto realmente estão empregáveis?

Quando se conquista um emprego, a vontade de entrar e de passar a experiência implica um esforço grande. Depois, a maioria relaxa e muitas vezes já nem mais oferece aquilo pelo qual foi contratado. É preciso destacar, entretanto, que você é responsável pelo seu emprego e pela sua permanência nele. Responsabilize-se por ele todos os dias!

O segundo aspecto é o da liderança, o lado de quem demite. Tomar essa decisão não é fácil, requer princípios, critérios e sempre envolve uma angústia. Isso ocorre, na maioria das vezes, porque essa escolha está baseada na subjetividade, sem algo formal que possa dar consciência a todos de suas razões. Como é incompreensível, o ato da demissão torna-se sofrido para quem sai, mas também para quem fica.

A demissão assistida é a melhor maneira. A empresa e o funcionário devem monitorar toda sua caminhada. Fatos, evidências, entregas… E cada conquista deve ser acompanhada todos os dias, para que, dessa forma, a objetividade possa ser a prioridade e converta em transparência na relação trabalhista.

Se a demissão for inevitável, que ela ocorra, então, com transparência, num caminho claro, de modo que todos os ciclos possam ser refeitos, deixando as relações de quem sai e de quem fica livres da angústia ou da culpa. Vida que segue, novas oportunidades.

Cuide de sua demissão, independentemente do lado que você esteja!

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